Escrever para viajar, viagem sem
pagar bilhete, é o lema do médico portuense Miguel Miranda, que marcou presença no Bibliotecando em Tomar 2013, no princípio de maio.
Partindo do real, ainda que com as luvas e as pinças a que a
deontologia o obriga, ocorre-lhe basear-se numa paciente, matá-la na primeira
página e prosseguir a narrativa.
A viagem e a literatura são também humor,
riso, subversão, morte, mistério, policiais – mostrou-o este autor de diversas
obras insólitas como O estranho caso do
cadáver sorridente (Prémio Caminho de Literatura Policial, 1997) - a partir
da sua doente inglesa qual boneca de porcelana com lábios pintados -; Dai-lhes, Senhor, o eterno repouso –
policial humorístico sobre o que acontece aos chineses quando morrem -; A paixão de K – sobre o quadrilátero
amizade, amor, paixão e caos, que tem no centro as paixões de Perfecto
Cuadrado, protagonista da ação; e Todas
as cores do vento – reflexo de uma viagem à Palestina em que um gato é a
única testemunha do choque civilizacional com Israel.
Mª Carla Crespo
Sem comentários:
Enviar um comentário