Ilustração de Bella Sinclair |
Se calhar, a primeira forma do primeiro abraço que demos era apenas um agarrar-se para não cair. Porém, pouco a pouco, num processo paciente onde os corpos fazem a aprendizagem de si (e do amor), o abraço deixa de ser uma coisa que tu me dás ou que eu te dou, e surge como um lugar novo, um lugar que ainda não existia no mundo e que juntos encontramos.
Tolentino Mendonça, in A mística do instante – O tempo e a promessa, Paulinas, 2014, col. Poéticas do viver crente , p. 82