Ao chegar a Calcutá entrei em Motijhil, um dos bairros mais pobres da cidade. Não levava dinheiro nem tinha para onde ir, mas confiava que Deus me ajudaria. A primeira coisa que fiz foi montar uma escola na rua, num espaço entre barracas. A lama servia-nos de quadro preto. Ia traçando nele as letras do alfabeto bengali para ensinar as crianças a ler e a escrever.
Ilustração de Deirdre Gill |
Elas sentavam-se no chão à minha volta, pois não tínhamos nem cadeiras nem mesas...nem nada! Bom, na verdade, tínhamos muito: as crianças tinham um interesse enorme em aprender e eu tinha muita vontade de as ensinar.
Ilustração de Cristina Fuentes |
Aquelas que vinham sujas eram lavadas numa tina. Cada dia tinha mais alunos. E depois das aulas ia visitar os doentes.
Carmen Gil, in Teresa de Calcutá, il. Mercè Galí, Didáctica Editora, col. Chamo-me...