O poema não se refere àquilo que é, mas sim àquilo que não é. Pois a natureza é uma caixa cheia de coisas da qual o poeta extrai uma coisa que lá não está.
(...)
- Num poema não devemos buscar sentido, pois o poema é ele próprio o seu próprio sentido. Assim o sentido de uma rosa é apenas essa própria rosa.
Sophia de Mello Breyner Andresen, "Os três reis do Oriente" in Contos Exemplares,
Figueirinhas, 2006, 36ªed., p. 155