Ilustração de Emzar Kiknavelidze |
Uma bailarina russa que tinha setenta anos e ensinava dança pelas escolas, foi seguida por um jovem, seduzido por sua figura esguia e arrebatadora.
Para não ser alcançada, correu até casa e, ofegante, fechou-se no apartamento. A filha jovem interrogou-a sobre o sucedido.
«Uma coisa extraordinária», responde a velha mãe. «Um rapaz seguiu-me e eu não quis que descobrisse meu rosto para não o desiludir com a minha idade. Vê pela janela se ainda está
no passeio».
A filha foi à janela e, sobre a estrada, depara com um velho que olhava para cima.
Tonino Guerra, in Histórias para uma noite de calmaria
Para não ser alcançada, correu até casa e, ofegante, fechou-se no apartamento. A filha jovem interrogou-a sobre o sucedido.
«Uma coisa extraordinária», responde a velha mãe. «Um rapaz seguiu-me e eu não quis que descobrisse meu rosto para não o desiludir com a minha idade. Vê pela janela se ainda está
no passeio».
A filha foi à janela e, sobre a estrada, depara com um velho que olhava para cima.
Tonino Guerra, in Histórias para uma noite de calmaria