As mesmas palavras (ex., um homem diz à sua mulher: amo-vos) podem ser vulgares ou extraordinárias, segundo o modo como são pronunciadas. E este modo depende da profundidade da região do ser de onde procedem, sem que a vontade possa fazer algo contra isso.
Ilustração de Lyudmila Romanova |
E, por meio de uma harmonia maravilhosa, vão tocar, naquele que escuta, a mesma região. Assim, aquele que escuta pode discernir, se tiver discernimento, o que valem aquelas palavras.
Simone Weil, in A gravidade e a graça, Relógio d' Água, 2004, p. 70