Segundo Montaigne, guardamos apenas recordações-ecrã dos livros que lemos. É a ideia que nos traz a lume Pierre Bayard, na sua obra Como falar dos livros que não lemos?, citando o escritor francês, e que reza assim:
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"Não guardamos na nossa memória livros homogéneos, mas fragmentos retirados de leituras parciais, muitas vezes misturados uns com os outros e, mais ainda, alterados pelos nossos fantasmas pessoais: fragmentos falsificados de livros, análogos às recordações-ecrã de que Freud fala, cuja função é sobretudo a de dissimular outras."