Ilustração de Elena Odriozola |
Julho chegou a Almada como quase sempre chega: soalheiro e promissor. Na Casa da Cerca, onde as tardes prometem mais do que noutro sítio qualquer, há quem deambule sozinho no pátio da entrada e quem espaireça em grupo no terraço das traseiras. Dali, a vista sobre Lisboa é desafogada e a brisa sopra com mais força. Os olhos encontram descanso no azul do Tejo e na luz da capital, há séculos elogiada.
Ângela Paredlha, "Para uma vida mais verdadeira", in Luís Miguel Cintra, Cinco conversas em Almada,
O sentido dos mestres, 2015, 1ª ed., p. 11