Ilustração de Cheryl Sorg |
Há que amar a literatura. Sabemos bem que o amor pode ser fugaz, intermitente, constante, frágil, imenso, ocasional, calculado, uma paixão súbita, uma paciente conquista. Amando-a, porém, é impossível não querer conhecê-la em toda a parte e em todos os tempos, em extensão e em profundidade; é impossível não querer estudá-la, para transmitir e comunicar aos outros a fascinação que ela exerce em nós; é impossível não querer vivê-la, gratuitamente e como agente, que ela é, de tudo o que constantemente se pretende que ela seja e de tudo o que ela constantemente ultrapassa em si mesmo e em nós.
Jorge de Sena
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