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17 de novembro de 2011

A fome de Firmin

Feio, esquálido, subnutrido, vi a luz do dia, ou melhor, da noite, numa biblioteca. Como a minha mãe estava cansada de um parto doloroso entre os links da blogosfera (fatigante tarefa!), soergui a cabeça e logo comecei a vasculhar com que me alimentar, com que nutrir o meu corpo de recém-nascido e a minha alma sedenta de vida, de ficção, de conhecimento e aventura. E foi assim que publiquei algumas saídas para verdadeiro deleite da mente e do espírito, daqueles que nos fazem perder o apetite ou esquecer e adiar uma fome voraz. A minha fome passou a ser outra: a fome de livros.
A minha fome - e desculpem um olhar tão especificamente egocêntrico, fazendo girar o olhar de todos sobre a minha natureza- é uma fome de livros, disse-o já. Livros digitais, mas também livros com cores e sabores, com texturas variadas. Livros eruditos e sábios, que só os mais argutos e experientes ousarão folhear, mas também livros acessíveis a todas as idades e personalidades. Livros recentes e livros que fizeram história e construíram muitas estórias no universo de milhares de cidadãos...

 Livros com tacto, cheiro, prazer. Livros com suor e trabalho. Livros com resistência, que depois se tornam suporte inelutável de vida, de saberes e da construção do ser.

 A minha fome é voraz e preciso de outros leitores para partilharem as suas leituras, os seus autores, as suas bibliotecas preferidas...Aqui fica o desafio. Agora vou-me deitar. Tenho um livro à minha espera.

PS: Esta poderia ser a apresentação do rato Firmin, protagonista da obra homónima de Sam Savage.


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