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25 de setembro de 2013

A infinita potencialidade da linguagem

O verbo é o senhor absoluto: as forças condutoras do poema já não obedecem às relações gramaticais, mas condensam em si as múltiplas virtualidades significativas. 





Ilustrações de Vesa Sammalisto

A palavra desvincula-se assim de todo o preciso significado para passar a ser apenas a expressão do silêncio e do nada, uma pura vibração. Mas mesmo aqui a significação não foi anulada. O que desapareceu foi a univocidade significativa que passou a ser substituída pela "infinita potencialidade da linguagem".

António Ramos Rosa, in Poesia, Liberdade Livre, Liv. Moraes Editores, 1962