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10 de dezembro de 2012

Cansada, mas feliz

Ao chegar a Calcutá entrei em Motijhil, um dos bairros mais pobres da cidade. Não levava dinheiro nem tinha para onde ir, mas confiava que Deus me ajudaria. A primeira coisa que fiz foi montar uma escola na rua, num espaço entre barracas. A lama servia-nos de quadro preto. Ia traçando nele as letras do alfabeto bengali para ensinar as crianças a ler e a escrever.

Ilustração de Deirdre Gill

Elas sentavam-se no chão à minha volta, pois não tínhamos nem cadeiras nem mesas...nem nada! Bom, na verdade, tínhamos muito: as crianças tinham um interesse enorme em aprender e eu tinha muita vontade de as ensinar.


Ilustração de Cristina Fuentes
Aquelas que vinham sujas eram lavadas numa tina. Cada dia tinha mais alunos. E depois das aulas ia visitar os doentes.

Carmen Gil, in Teresa de Calcutá, il. Mercè Galí, Didáctica Editora, col. Chamo-me...

Direitos humanos



Ilustração de Joan Louis

Descobri que, como pessoa e como indiano, não tinha quaisquer direitos, ou melhor, descobri que não tinha quaisquer direitos como pessoa porque era indiano.
 Mahatma Gandhi

A árvore de Natal

Ilustração de Eva Melhuish





Joana tinha nove anos e já tinha visto nove vezes a árvore de Natal. Mas era sempre como se fosse a primeira vez.



Sophia de Mello Breyner Andresen, in A Noite de Natal