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18 de setembro de 2012

O universo bocagiano e o locus horrendus

 
Ó retrato da Morte! Ó Noite amiga,
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
De meus desgostos secretária antiga!

Pois manda Amor que a ti somente os diga
Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto
Dorme a cruel que a delirar me obriga.

E vós, ó cortesãos da escuridade,
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos, como eu, da claridade!

  



 Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade,
                                                Quero fartar o meu coração de horrores.
  

Bocage