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23 de dezembro de 2011

Poema de Natal

Quando despontarem as primeiras luzes do Seu cortejo
Ilustração de Soledad Céspedes
ainda nos faltará tudo:
o azeite na almotolia,
um alfabeto que descreva com outra firmeza o azul,
formas indivisíveis para este amor,
que só em fragmentos
e numa gramática imprecisa
conseguimos viver.

Quando despontarem as primeiras luzes
estaremos talvez longe:

Ilustração de Arianna Floris

à altura dos olhos continuaremos a trazer a mesma indisfarçável solidão
as mesmas mediações ilegíveis através do tempo
as mesmas demoras tatuadas.
O Seu advento encontra-nos sempre impreparados
e, contudo, este é o momento em que
 por puro dom se nasce.

A Sua vinda testemunha o que não sabíamos ainda: a nossa frágil humanidade é narração
da autobiografia de Deus.
 José Tolentino Mendonça

Eterna procura


O artista testemunha, na experiência dos materiais, as formas da eterna procura.
                                       
        FRANCO, Joaquim et al., Um Menino chamado Natal

Aquele abraço!


Um doce abraço, de Bolos & Rebolos