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9 de dezembro de 2011

Pesca literária


A minha posição de leitora é a de adesão a As Pequenas Memórias, tal como o narrador se extasiou com um peixe de água doce que não chegou a pescar. Dedicou-lhe, porém, o silêncio, a espera, a contemplação que o tornaram único no mundo, como o principezinho para a raposa em Saint-Exupéry: “Não creio que exista no mundo um silêncio mais profundo que o silêncio da água. Senti-o naquela hora e nunca mais o esqueci. (…) De uma maneira ou de outra, porém, com o meu anzol enganchado nas guelras, [o peixe] tinha a minha marca, era meu” (p. 86).

Mulher ou peixe
 Ilustração de Jaroslav Betehtin
Também o livro As Pequenas Memórias passou a fazer parte da minha vida de leitora. É meu. Ao contrário de “aquele barbo” do narrador, pesquei-o!

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